sexta-feira, setembro 24, 2004

O Que é a Al Qaeda?


O Que é a Al Qaeda?

É uma rede terrorista liderada pelo milionário saudita Osama bin Laden e acusada pelos EUA de estar por trás dos atentados terroristas de 11 de Setembro. Trata-se de uma rede com ramificações mundiais e financiada pela fortuna pessoal de Bin Laden e pelo tráfico de heroína. A palavra árabe "Al-Qaeda" significa base militar, fundação ou qualquer coisa que sirva de apoio. Em Maio de 1998 Bin Laden anunciou a criação de uma organização mais ampla, da qual Al-Qaeda passaria a fazer parte, denominada Islamic World Front for the struggle against the Jews and the Crusaders ou International Front for Fighting Jews and Crusades (Al-Jabhah al-Islamiyyah al-`Alamiyyah li-Qital al-Yahud wal-Salibiyyin), cujo objectivo consiste em matar americanos e destruir interesses dos EUA e de Israel no mundo. Além da Al-Qaeda, esta organização-mãe reuniria as organizações egípcias Al-Gama'a al-Islamiyya e Al-Jihad , e a Pakistan Scholars Society, o Movimento dos Guerrilheiros da Caxemira, o Movimento Jihad do Bangladesh e a ala militar do movimento afegão Comissão para Conselho e Reforma, dirigido por bin Laden. Todas estas organizações já colaboravam de forma pontual ao nível militar, mas a criação da Frente visava uma colaboração formal ao nível da organização, planeamento e operações. A Frente é dirigida por um Conselho Consultivo ("Shura") presumivelmente presidido por Osama bin Laden.

A Frente Internacional terá como líderes Osama bin Laden; Ayman al- Zawahiri , líder da Al-Jihad; Abu-Yasir Rifa'i Ahmad Taha, líder da Al-Gama'a al-Islamiyya (que levou a cabo o massacre de Luxor, em Novembro de 1997, que matou 58 turistas); o Sheik Mir Hamzah, dirigente do Jamiat-ul-Ulema-e-Pakistan; e Fazlul Rahman, do Movimento Jihad do Bangladesh). Líder Osama bin Laden (ou Usama bin Ladin). Osama bin Ladin lançou três "fatwahs" (decretos religiosos) que incitam os muçulmanos de todo o mundo a lutar contra os Estados Unidos e os Israelitas. Número dois Ayman Al Zawahiri Ideologia, objectivos e estratégia A ideologia de base da Al-Qaeda é o fundamentalismo islâmico, uma interpretação violenta do Alcorão que não só valida mas determina o uso do terrorismo como arma. O objectivo da organização é a expulsão dos americanos dos países muçulmanos, o derrube dos governos heréticos (os regimes pragmáticos, como o da Arábia Saudita) e a instauração em todos os países de maioria muçulmana de Estados islâmicos, que adoptem a "Shariah" como única lei. A organização defende a guerra santa ("jihad") contra as potências ocidentais (com os EUA à cabeça) e contra o "ocupante israelita". O próprio Bin Laden emitiu, a 23 de Fevereiro de 1998, uma "fatwa " (decreto religioso), que anuncia a criação de uma "Frente Mundial Islâmica contra os judeus e os cruzados", com o objectivo de "matar os americanos, civis e militares" (Ver aqui imagens de um video de proaganda de Al-Qaeda). A Al-Qaeda visa criar grupos islâmicos fundamentalistas nos países onde não existem e radicalizar os já existentes no Afeganistão, Argélia, Bósnia, Tchetchénia, Eritreia, Kosovo, Somália, Paquistão, Tajiquistão, Filipinas e Iémen; e destruir a sociedade e modo de vida dos EUA, que são vistos como o maior entrave à reforma das sociedades muçulmanas. Modus operandi Al-Qaeda pode passar anos a preparar um ataque, fazendo uma cuidada vigilância dos locais a atacar, a recolher materiais e escolher os operacionais. Os especialistas de terrorismo consideram que os ataques de 11 Setembro 2001 tiveram a "assinatura" de Osama bin Laden, que consiste nas seguintes características: - recurso a operacionais suicidas (que têm a vantagem de deixar menos pistas e de não poderem falar após o ataque) - operações de grande impacto mediático e social - vários ataques simultâneos, com coordenação de várias equipas - preocupação em atingir um máximo de vítimas americanas - indiferença pela ocorrência de outras vítimas, nomeadamente muçulmanos - planeamento cuidadoso - treino meticuloso dos participantes - ausência de pré-aviso - ausência de reivindicação da autoria após o ataque O cuidado com os pormenores é tal que, antes do bombardeamento das embaixadas, em 1998, os operacionais envolvidos fizeram uma maquete da embaixada de Nairobi, em madeira, no campo onde estavam instalados. Estrutura A rede da Al-Qaeda tem uma estrutura muito fluida, o que a torna num alvo difícil. As células operacionais são pequenas, móveis e possuem uma grande autonomia. Este tipo de estrutura torna muito difícil a uma investigação policial provar a existência de laços entre diferentes células e entre estas e os dirigentes da rede. A rede assenta no pressuposto de que nenhum dos seus membros deve saber mais do que precisa de saber. Muitas células desconhecem a existência de outras células, ainda que se encontrem no mesmo país. Muito poucos para além de Bin Laden têm um conhecimento global do que se passa. Existem grupos extremistas que supostamente desapareceram (Al-Jihad Islâmica do Egipto , por exemplo) e que poderão ter-se simplesmente diluído na Al-Qaeda. O que se sabe da estrutura é que Osama bin Laden está no topo da hierarquia e é apoiado por um conselho de dez membros. Abaixo deste conselho está a área administrativa da organização, com quatro comités executivos: actividade militar e treino, educação religiosa, actividade comercial e divulgação e promoção. Debaixo desta cúpula está uma rede de organizações de toda a espécie, algumas económicas, outras humanitárias e muitas de recrutamento e treino militar. As actividades económicas da organização não são claras, mas sabe-se que consegue suportar economicamente outras organizações. Osama é proprietário de várias empresas, instaladas em vários países. Os centros das actividades económicas da rede são o Sudão, Somália, Luxemburgo e Suíça. Os quartéis-generais que rodeiam Osama são dirigidos por uma centena de "mujahedin" do tempo da organização Maktabul-kh Idamat (MAK) , criada pelo saudita em 1979 para expulsar as tropas soviéticas do Afeganistão (1979-89). Estima-se que mais de dez mil pessoas tenham recebido treino na MAK e que esta tenha, por seu lado, recebido apoio da CIA (Central Intelligence Agency, serviços secretos dos EUA). Esses antigos combatentes perderam o contacto com a sua terra natal e seriam provavelmente presos se tentassem regressar às origens, duas condições que resultam numa grande lealdade para com o líder.


Posted by Hellohttp://ultimahora.publico.pt/

1 Comments:

At 4:36 da tarde, Anonymous Anónimo said...

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