quarta-feira, dezembro 29, 2004

Ricardo Reis



Ricardo Reis

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
14-2-1933
Posted by Hello

5 Comments:

At 6:23 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Não é interessante em como apenas seis linhas se transmite tanto??:o)

 
At 8:46 da tarde, Anonymous Anónimo said...

muito bonito, este poema é sem dúvida uma lição de como se deve afinal viver

 
At 8:26 da tarde, Anonymous Anónimo said...

grande Pessoa o maior vulto de sempre na Poesia portuguesa, vários homens num só e todos eles gigantes.

 
At 10:55 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Grande poema este.
JJ

 
At 9:06 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Não só vinho, mas nele o olvido, deito
Na taça: serei ledo, porque a dita É ignara.
Quem, lembrando Ou prevendo, sorrira?
Dos brutos, não a vida, senão a alma,
Consigamos, pensando; recolhidos
No impalpável destino
Que não 'spera nem lembra.
Com mão mortal elevo à mortal boca
Em frágil taça o passageiro vinho,
Baços os olhos feitos Para deixar de ver.

 

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