segunda-feira, abril 03, 2006

Palavras Soltas


Posted by Picasa
Em primeiro lugar gostava de realçar que a opinião que viso expressar, não passa de uma mera análise teórica e empírica e sem qualquer fundamento jurídico.
Algo que sempre me intrigou prende-se com a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança, seria insensato e até mesmo imprudente que tal prática deixa-se de ser penalizada pela lei , mas a verdade é que muito me admira que o uso do cinto de segurança e a falta do seu uso, constitua uma violação ao Código da Estrada. Passo a explicar, sendo o cinto de segurança uma ferramenta de segurança passiva do veículo e tendo em conta que a falta da sua utilização constitui um perigo para a pessoa em causa, parece-me que deveria caber a cada condutor ou ocupante, optar pelo uso ou não do cinto de segurança. Parece-me pouco provável e embora nunca tenha lido estudos neste sentido que a não utilização do cinto de segurança ponha em risco a vida de alguém para além da pessoa em causa. Não deveríamos nós optar por querer ou não estar seguros por esse mecanismos, embora esteja provado que o seu uso possa minorar os ferimentos em caso de acidente? Não haverá alguém que hipoteticamente tenha ficado preso no interior de um veículo como resultado de não se conseguir libertar do cinto? Não haverá também alguém que se sinta menos seguro a utilizar o cinto?
Chego à conclusão que tal liberdade deveria depender única e exclusivamente a cada um de nós, a liberdade de escolher entre uma possível segurança, uma vez que o grande chavão define o fim da liberdade quando esta atinge a liberdade dos outros, não ceio que nesta matéria seja posta em causa a integridade física de alguém.
Não quero todavia que pensem que sou contra a utilização do cinto, pelo contrário, não tenho qualquer dúvida e julgo que pouca gente a terá, que em caso de acidente este mecanismo pode revelar-se vital, agora também aceito que haja quem não se sinta seguro e não o use, embora possivelmente a grande parte dos que não o utilizam se prenda com o desleixo e é ai que entra a posição da Lei, que paternalista e obrigatória nos manda, como um pai obriga o filho a comer a sopa, a utilizar o cinto que é para o nosso bem...
Contudo, devido à elevada sinistralidade que se regista em Portugal, permitir esta opção seria contraditório e insensato, uma vez que seria transmitir uma sensação de falsa segurança para a qual os condutores não estão preparados. o mesmo penso em relação ao aumento da velocidade máxima nas auto-estradas, que embora seja baixa, aumentá-la nesta altura seria perigoso.

3 Comments:

At 8:10 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Talvez a "integridade física de alguém" não esteja em causa, a questão é que em caso de acidente que pagará é a sociedade em geral que terá de suportar o ferido e garantir assistencia

 
At 10:14 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Exacto, se alguem morrer num acidente o Estado é que paga a pensao, e o Estado não quer que ninguem morra pois é um Estado nosso amigo.

 
At 7:21 da tarde, Anonymous Anónimo said...

sobre "por em causa a integridade física de alguém" devo dizer-te que dentro do mesmo veículo se uns usarem cinto e outros não, podem dar-se graves lesões. Por exemplo, se o passageiro de trás não usar cinto de segurança, em caso de acidente ele cairá sobre o passageiro da frente, exercendo pressão sobre ele, podendo até mesmo ser projectado, dependendo da velocidade. Quanto aos outros, se fores projectada e caires dentro do meu carro ou de um peão, podes matá-lo com o teu peso que, caso não saibas, também se transforma e mais uma vez, dependendo da velocidade a que circulas, o teu peso aumenta muito!! (estamos a falar de toneladas). Consulta este site www.thinkseatbelts.com.

 

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