quinta-feira, agosto 18, 2005

Rimas Soltas


Éssóxis, o nome que invoco sozinho no escuro, a música deu-me tudo, como as brincadeiras de um miúdo, hoje já não fujo a urbanização é a minha aliada, confesso as minhas mágoas às pedras da calçada, enquanto cuspo um verso, procuro por mim no rol dos sem sucesso, não sou maior nem melhor a vida é muito vasta para me achar superior, a mim ninguém me conhece, não dou concertos esquece, não é porque não quero, é porque não aparece, não peço dinheiro à organização depois de aparecer num programa chunga na televisão, se tenho razão ou não, não sei vivo a minha vida segundo a minha lei e a da sociedade, música pedagogia, Hip Hop a realidade, o pensamento das acções e sentimentos, quem escreve por amor esquece os maus momentos.

Os abraços pus de lado, a rua, as pedras da calçada a meu lado, choro amargurado, lírico soldado, enquanto lá no canto alguém carrega o fardo da vida pesada, a capacidade de amar é uma praga, encosta a cabeça para trás na almoçada, ri-te dos MC´s que não valem nada, hoje estão aqui amanhã cantam na dança, já não brinco a esta merda como uma criança, esta merda assim não avança, onde eu vivo, os exemplos são poucos, MC´s que eram bons, ficaram roucos, os que eram maus são ainda pior, outros a vaidade apodreceu o interior, olha para mim sou o mesmo de sempre, falo-te na frente, não canto para o B-boy deficiente, não sou de nenhum movimento independente, mas não dependo de ninguém, apenas lá em casa da mãe, eu sei que não queres ser como eu, mas eu não quero também. Posted by Picasa