sexta-feira, abril 28, 2006



A cada dia canso-me e os dias pesam-me cada vez mais, pasam vertiginosamente à minha frente e consomem-se um por um. A vida fuma-me como um cigarro fumarento. Vou rancorando-me pelas esquinas de uma sala escura. Ah como ser assim me irrita, a pasmaceira vagarosa da vida votima-me e eu vomito a vida todos os dias porque me enjoa.
Eu não queria ser assim e por vezes tendo glorificar-me deste meu estado, como tentando enganar-me à pressa com uma mentira que infesta por todo o lado.
Em tudo o que faço não consigo realizar esta minha ânsia de pelo menos em alguma coisa ou em algum sítio ser realmente importante, sou dispensável como uma mobília velha no sotão de uma casa, não sirvo para nada e nada me serve, estou à beira de um lar de jovens idosos, um apêndice irrelevante da vida de toda a gente. Às vezes na busca de me sentir procurado e útil, afasto-me com subtileza, afasto-me do mundo e continuo só... inútil...velho à borda do pratoPosted by Picasa

segunda-feira, abril 03, 2006

Palavras Soltas


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Em primeiro lugar gostava de realçar que a opinião que viso expressar, não passa de uma mera análise teórica e empírica e sem qualquer fundamento jurídico.
Algo que sempre me intrigou prende-se com a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança, seria insensato e até mesmo imprudente que tal prática deixa-se de ser penalizada pela lei , mas a verdade é que muito me admira que o uso do cinto de segurança e a falta do seu uso, constitua uma violação ao Código da Estrada. Passo a explicar, sendo o cinto de segurança uma ferramenta de segurança passiva do veículo e tendo em conta que a falta da sua utilização constitui um perigo para a pessoa em causa, parece-me que deveria caber a cada condutor ou ocupante, optar pelo uso ou não do cinto de segurança. Parece-me pouco provável e embora nunca tenha lido estudos neste sentido que a não utilização do cinto de segurança ponha em risco a vida de alguém para além da pessoa em causa. Não deveríamos nós optar por querer ou não estar seguros por esse mecanismos, embora esteja provado que o seu uso possa minorar os ferimentos em caso de acidente? Não haverá alguém que hipoteticamente tenha ficado preso no interior de um veículo como resultado de não se conseguir libertar do cinto? Não haverá também alguém que se sinta menos seguro a utilizar o cinto?
Chego à conclusão que tal liberdade deveria depender única e exclusivamente a cada um de nós, a liberdade de escolher entre uma possível segurança, uma vez que o grande chavão define o fim da liberdade quando esta atinge a liberdade dos outros, não ceio que nesta matéria seja posta em causa a integridade física de alguém.
Não quero todavia que pensem que sou contra a utilização do cinto, pelo contrário, não tenho qualquer dúvida e julgo que pouca gente a terá, que em caso de acidente este mecanismo pode revelar-se vital, agora também aceito que haja quem não se sinta seguro e não o use, embora possivelmente a grande parte dos que não o utilizam se prenda com o desleixo e é ai que entra a posição da Lei, que paternalista e obrigatória nos manda, como um pai obriga o filho a comer a sopa, a utilizar o cinto que é para o nosso bem...
Contudo, devido à elevada sinistralidade que se regista em Portugal, permitir esta opção seria contraditório e insensato, uma vez que seria transmitir uma sensação de falsa segurança para a qual os condutores não estão preparados. o mesmo penso em relação ao aumento da velocidade máxima nas auto-estradas, que embora seja baixa, aumentá-la nesta altura seria perigoso.

sábado, abril 01, 2006

Carta a Deus



Estava em vias de acabar um novo som, que seria uma carta escrita a deus, pendido justificações pela sua obra, mais dev ido a ter surgido no mercado uma letra com a mesma ideia da autoria do Boss Ac, preferi não gravar. Fica aqui uma parte da letra, que talvez um dia grave.


Sr Deus, venho perguntar por sí, sou mais um homem na Terra à espera do fim, de alguma coisa, que a sua voz se oiça, estou farto do silêncio diga qualquer coisa.
Se é meu pai, então quem é a minha mãe o que é que passa ai no além, nós aqui não estamos bem, procuramos fortuna e não olhamos por ninguém.
E o seu nome não sei a sua cara não ví, não vou à Igreja nem à Mesquita, quando a situação complica, rezamos por ti mas no fundo ninguem acredita.
Tu não falas, tens medo de que, nós aqui usamos balas e mostramos na TV.

Nietzsche diz que te matamos mas eu n vejo sangue mesmo que vezes sem conta eu com palavras te espanque.
Tantos deus quantas caras tens tu, prevalece a desigualdade e tu propões o bem comum

Refrão: Pai nosso que tás no ceu mostra-me a luz não me dês santo nem uma cruz de madeira na hora derradeira existem muitas crenças mas nenhuma é verdadeira.
Pai nosso que tás no ceu mostra-me a luz não me dês santo nem uma cruz de madeira na hora derradeira existem muitas crenças mas nenhuma é verdadeira.
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