quarta-feira, dezembro 29, 2004

Ricardo Reis



Ricardo Reis

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
14-2-1933
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segunda-feira, dezembro 27, 2004

Personalidade do Mês de Dezembro.



Charles de Gaulle


General e político francês (1890-1970). Um dos comandantes aliados na 2ª Guerra Mundial e um
dos principais estadistas do pós-guerra. Na 1ª Guerra Mundial , é feito prisioneiro pelos alemães. Na 2ª Guerra, é bem sucedido na defesa da França contra a invasão alemã. Em 1940, vai a Inglaterra em missão oficial e recusa-se a voltar quando o governo do marechal Henri Philppe Pétain assina o armistício com a Alemanha. É julgado à revelia e condenado à morte. De Londres, organiza e dirige a resistência francesa. Assume o governo provisório ao voltar a França, em 1944. Entra em conflito com a oposição e deixa a Presidência em 1946. No ano seguinte, organiza o movimento Reunião do Povo Francês (RPF). A dissolução do partido, em 1952, leva-o a deixar a política. Em 1958, após a rebelião de militares franceses na Argélia, é chamado a formar um novo governo. Elege-se presidente e inicia a 5ª República. Concede independência à Argélia em 1962 e reelege-se em 1965. Durante os protestos de maio de 1968, é obrigado a fazer concessões, como a dissolução da Assembléia Nacional. Em 1969, perde o referendo sobre reformas administrativas e renuncia à Presidência, retirando-se da vida pública.
Durante os anos negros da ocupação nazi, Charles De Gaulle inspirou e liderou a luta da Resistência Francesa e da França Livre, batalhando incansavelmente para reconquistar o país. Nos anos do pós-guerra, salvou a nação de uma guerra civil na Argélia e restaurou a estabilidade, a força e o prestígio da França. Perseguindo os seus sonhos de grandeza, De Gaulle pode ter sido obstinado e orgulhoso , mas cumpriu o seu destino: foi o grande líder que a França precisava. "A França não pode ser a França se não tiver grandeza", disse. E mais: "Um estadista tem que ser determinado e tenaz, tem que ter o apoio de todas as forças de um grande país e manter um sólido sistema de alianças. Mas se não for capaz de entender as tendências de seu tempo, ele fracassará". Com uma fé inabalável no seu destino, o qual pressentiu desde a infância, conquistou o seu sonho: elevou a França a um grau de grandeza que há muito tempo ela não conhecia.
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sábado, dezembro 04, 2004

Pensamentos Perdidos no Tempo




Entre o homem português e o homem angolano ou moçambicano ou guineense, é possível o estabelecimento de relações justas, isto é, de relações que impeçam a exploração de um homem por outro homem, (...) Em condições especiais, encontram-se já casos em que o problema racial é ultrapassado. É o que se passa na guerra. Há portugueses conscientes que desertaram para de uma maneira ou de outra se alistarem nas fileiras nacionalistas.
A nossa experiência da clandestinidade mostrou que pode haver essa colaboração racial na luta contra o sistema. (...) Pôr portanto o problema contra o branco é falsear a questão, é desviá-la do seu objectivo. O que queremos nós? Uma vida independente como nação, uma existência em que as relações económicas sejam justas entre os países e dentro dos países, um reviver dos valores culturais ainda válidos para a nossa época.


Agostinho Neto, Quem é o Nosso Inimigo? Qual é o nosso objectivo?
1974

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